D.O.V.: COpa 2010 :Uma seleçãO sem "O craque"

Seleção de 1982: Um Desfile de Craques

Há oitenta anos o Brasil começava uma tragetória que lhe daria o título de O PAÍS DO FUTEBOL.

De 1930 à 2010 foram 19 participações em Copas do Mundo, o que lhe garante a honra de ser o único país a participar de todas as edições. Dessas 19 participações, em cinco (até agora, 01/07/2010) o Brasil levantou o caneco, além de ter perdido a final em outras duas ocasiões.

Mas não é de títulos que queremos falar mas, sim, dos craques e ídolos que acumulamos durante todos esses anos. Quando falamos de seleção brasileira fazemos de imediato uma associação a atacantes goleadores, armadores talentosos e pontas dribladores. Entretanto, não é exatamente o que vivemos hoje. Por mais que tenhamos Robinho e Kaká, ambos devendo, e muito, em suas últimas apresentações, fica uma sensação de que ainda falta "O craque" dentro de campo.

Se formos buscar na história veremos o quanto necessitamos de uma referência, daquele que sozinho faz a diferença, daquele em que a camisa cai como se fosse feita exclusivamente para ele. Reparem na lista a seguir e veja o quão carente de um ídolo se torna essa seleção de hoje frente aos craques que já passaram por lá:

• 1958: Garrincha, Didi, Vavá e Pelé.

• 1962: Garrincha, Pelé, Djalma Santos, Vavá e Nilton Santos.

• 1966: Garrincha, Pelé e Jarzinho.

• 1970: Tostão, Gérson, Rivelino, Jairzinho e Pelé.

• 1974: Rivelino, Paulo Cesar Caju e Jairzinho.

• 1978: Zico e Roberto Dinamite.

• 1982: Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates, Junior e Zico.

• 1986: Junior, Sócrates e Careca.

• 1990: Careca.

• 1994: Bebeto e Romário.

• 1998: Rivaldo, Bebeto e Ronado.

• 2002: Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo.

• 2006: Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo.

• 2010: Kaká?, Robinho? e Lúcio.

Ainda assim dá para acreditar na força do grupo, no poder que a camisa brasileira tem deixar os adversários de pernas bambas, ainda que o futebol apresentado não seja dos mais agradáveis.

Se tivesse que escolher "O craque" do time de hoje, sem sombra de dúvidas não seria um atacante goleador ou um armador talentoso, tampouco um ponta driblador, mas um zagueiro guerreiro, eficiente e incansável, Lúcio.

Que venha a Holanda.